Em 1993, o pobre trabalhador acabou tirando a própria vida na cadeia após ser preso injustamente.
TV GLOBO/MONTAGEM JEAN MARANGONI
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Os telespectadores que estão acompanhando a novela Renascer verão nos próximos capítulos que o desfecho de Tião Galinha (Irandhir Santos) sofrerá alterações em relação à versão original de 1993, em que a cena do personagem enforcado na cadeia chocou o público da época.
A produção da novela das nove da Globo, considerando a sensibilidade do público atual, decidiu suavizar o trágico fim do personagem, que na primeira versão tirou sua própria vida após uma prisão injusta e uma série de humilhações.
Bilhete foi encontrado ao lado do corpo de Tião Galinha
De acordo com a coluna Play, do jornal O Globo, o autor Bruno Luperi está em diálogo com os diretores sobre como reescrever a cena de forma a preservar o impacto dramático da morte de Tião, mas sem a crueza do suicídio. Em 1993, a cena em que Tião, interpretado por Osmar Prado, tira a própria vida foi marcante, especialmente com seu bilhete final que dizia: “Quem trabalha e mata a fome não come o pão de ninguém. Quem ganha mais do que come sempre come o pão de alguém“, refletindo sua desesperança e desilusão com a injustiça que sofria.
Luperi pretende manter a essência da crítica social embutida na história de Tião, mas adaptando-a para que o impacto seja menos chocante. Isso reflete uma sensibilidade mais contemporânea às questões de saúde mental e representação de violência na mídia.
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Cenas em Ilhéus diminuíram
Além disso, o remake de Renascer também enfrentou desafios logísticos que impactaram a produção, como as questões climáticas em Ilhéus, na Bahia. As chuvas intensas atrasaram o amadurecimento do cacau, complicando as gravações previstas na região. Este fator, juntamente com um orçamento mais enxuto, limitou as cenas filmadas no local, que são cruciais para a ambientação da novela.